sexta-feira, 19 de junho de 2009

A simplicidade (ou não) de amar

Rua das Andradas, centro de Porto Alegre. Passava das quatro horas da tarde e a rua era uma muvuca. Entre passos largos e pequenos um casal apaixonado fazia declarações de amor entre beijos e abraços. Eu que estava caminhando do lado desse casal me surpreendi com o conteúdo do diálogo, algo que variava entre ‘’Você é tudo pra mim’’ e ‘’Eu te amo pra todo o sempre. ’’ Falas que renderiam uma boa música para cantores como Fábio Jr. ou o grupo Roupa Nova.

Tudo bem admito. Eu gosto desse tipo de música. Quem nunca cantou ‘’demorei muito pra te encontrar, agora quero só você’’, mas naquele momento aquelas palavras açucaradas me remetiam a namoros frustrados. Quem nunca gostou a mais do que o namorado ou o contrário, ele era totalmente apaixonado e você não correspondia.

O certo é que o amor tem dessas coisas. Se é possível de se dizer, por vezes se ama demais quando deveria se amar de menos. Camões nos alertou: ‘’Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é uma dor que desatina a doer.’’
Vendo aquele casal, me surpreendi com o fato que cada vez mais cedo as pessoas começam a namorar. O medo da solidão é presente na vida de todos, porém não podemos esquecer que na maioria das vezes sofremos por esse sentimento, que nos dá alegria, mas é um misto de felicidade e tristeza, pois não se pode amar sozinho

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